Era o máximo do modernismo naqueles tempos, ter uma máquina
de tirar retratos.
Lá em casa a minha mãe tinha uma Kodak. Era uma caixa preta
com um olho bem no centro e uns botões para tirar o retrato (nada dessa
modernidade de FOTO ).
Até que tirava umas fotos bem boas, pois tenho muitas até
hoje.
O problema era que usava filmes e depois precisavam ser
revelados.
Então levava a um fotógrafo para revelar as
fotos, que na maioria das vezes queimava a metade.
O mais triste era a hora da pose para ser fotografado.
-Não te mexe senão fica tremida a foto.
Então a gente ficava firme que nem uma estátua.
Eu detesto ser RETRATADA e naquela época muito mais.
Mas vivíamos tirando fotografias, era com bonecas,
no rio, nadando no poço redondo, andando a cavalo.
Eu ficava sempre com cara de emburrada e o meu irmão sempre
debochando,
Como precisava sempre levar o filme na cidade para revelar,
a minha mãe resolveu fazer ela mesma o trabalho Depois de muitas tentativas e
muitas fotografias de diversas cores, a futura profissional da fotografia
desistiu e voltou a levar as fotos para o seu Francisco. Agora só em museus a gente encontra a
MODERNA máquina de tirar retratos Kodak.
Hoje bater fotos é uma moleza até as crianças batem e já vê
o resultado na hora.
Antigamente era uma cerimônia.
Agora vamos sentar para bater a foto: Não se mexam!
Ficava todo o mundo perfilado,
Aí às vezes dava errado: Vamos ter que bater novamente
máquina tremeu.
Hoje eu acho que era divertido.
Mas na época, não achava, não.
Mas graças a velha Kodak de caixa temos muitas lembranças do
passado.
Obrigada velha amiga.
Através dos teus retratos hoje contamos a nossa história.
Atansa
Nenhum comentário:
Postar um comentário